Anita na Argentina

domingo, agosto 3

As novas aventuras de Anita

http://www.alemanna.blogspot.com

viernes, diciembre 15

The End

E assim chegamos à última página de "Anita na Argentina".
Passaram-se 10 meses e nem nos apercebemos, o tempo passa rápido demais. Ainda bem, é sinal que foram bons momentos...os maus custam sempre muito a passar.

"Senhores passageiros, bem-vindos ao aeroporto de Lisboa. A partir deste momento poderão desapertar os seus cintos de segurança e ligar os telemóveis. Esperamos vê-los a bordo num futuro próximo. Em nome da "equipa editorial", me despeço e até breve :)"

Hasta Siempre!



A caminho de Lisboa

O regresso a Lisboa foi aos bocadinhos, primeiro Mar Del Plata, depois Londres durante umas horinhas....

Gostei de Mar Del Plata, principalmente a praia perto do farol. Ainda deu para apanhar umas cores, a Tânia que o diga hehehe (sorry! Jjuro que não te pus mal o creme só porque gozaste com o meu bronzeado de mendoza, que incluia desenho do laço do fato de banho na pele)



Saí de Buenos Aires com a estranha mas reconfortante sensação de que vou voltar. Não sei quando nem como mas sinto-o e isso deixa-me mais descansada e com menos pena de partir.

Já no aeroporto, esse meu pressentimento quase se tornava em realidade, estava prestes a voltar à cidade. Um problema técnico no avião fez com que o meu voo fosse cancelado. Felizmente a eficiência da equipa de técnicos foi superior à eficiência do pessoal de terra, quando ainda estavam no aeroporto a decidir-nos o futuro: "tu vais por empresa X, tu ficas mais um dia", o avião foi reparado em são paulo e iriamos noutra companhia até lá, onde apanhariamos o avião com destino a Londres.

Ainda para descolar tivemos outra peripécia, mais um atraso de1h porque estava para aterrar um avião a deitar fumo por um motor e tiveram q interromper todas as descolagens para dar prioridade ao dito avião. Soubemos depois que o avião aterou sem problemas e que tudo correu bem.

As horinhas de escala em londres levaram-me a ir conhecer um bocadinho da cidade. Tinha o primo Guedes aka Berbesi que fica por terras de sua majestade por mais uns tempos. Passeámos ainda umas horas antes de regressar ao Aeroporto.Cheguei finalmente a Lisboa, pontualmente, mas as minhas bagagens tiveram um atraso de 48h. Chegaram só ontem, uma das quais aberta...

Home sweet Home...

sábado, diciembre 9

Último fim-de-semana, últimas visitas…

Amanhã deixo Mendoza. Aos bocadinhos vou-me afastando de Mendoza e aproximando-me de Portugal. É para ser mais suave…segunda feira “rumo” a Mar Del Plata para tentar tomar umas banhocas no Atlântico e 6ª feira deixo a Argentina.

Este fim-de-semana tem sido de arrumações, de visitas e de despedidas. Não sei o que me custou mais, se fazer as malas ou as despedidas. Com uma milagrosa ginástica consegui fechar as malas, espero não as ter que abrir antes de chegar a Lisboa. Deixo quase toda a roupa, prefiro levar a Argentina na bagagem, vamos lá ver se ainda há espaço para um quilinho de mate.

Mas como disse, também foi fim-de-semana de visitas. O Gonçalo e o André, também C9s, passaram por cá, a caminho das águas do pacífico. Estiveram pouco tempo mas ainda deu para conhecerem algumas adegas e provarem o lomito mendocino. Espero que tenham gostado, pelo menos desta vez o tempo ajudou…

Não sei quando volto a actualizar o blog, mas certamente escreverei algo antes de terminar este livro de “Anita na Argentina”…

Por San Juan

No fim-de-semana passado fui até à província vizinha, San Juan, que fica também na região de cuyo. O que está perto fica sempre para o fim e foi o que aconteceu com San Juan. Andava há meses para lá ir, tinha o Vale de la Luna , ou Ichigualasto para os amigos, para visitar. Apanhei um autocarro e lá fiz 150 km até à cidade de San Juan. À chegada tive logo um choque térmico. Apenas 150 km de distância e a diferença de temperatura é brutal. Depois de deixar as malas no hotel fui para a cidade, sob sol intenso, para procurar agência que me levasse ao vale de la luna.

A cidade é engraçada, mais pequena que Mendoza mas com muitas semelhanças. Andei pelo centro, pelas ruas pedonais, conheci a catedral, provei o sumo de laranja que se vende em quiosques de rua e que me fazem lembrar o Algarve.

No sábado fui ao Vale de La Luna. Saí às 5 da manhã mas como quem corre por gosto não cansa, não me custou muito. Vale a pena conhecer este parque natural, de preferência no Inverno pois nesta altura já começa a fazer calor demais.Valeram-me os banhos de piscina ao fim do dia para refrescar.

No domingo fui conhecer as adegas San Juaninas e dar um passeio pelo dique de Ullum. Gostei das adegas que visitei, uma delas, a Cave de Zonda, fica dentro da pré-cordilheira dos Andes, fantástico não?

jueves, diciembre 7

Mendoza weekend

Não cheguei a escrever sobre o Mendoza weekend, em que tive a visita de 3 contacteantes e da família. Coincidiu com a última semana de trabalho e o início das férias por terras do sul por isso fui sempre adiando este post até que o salvador me recordou.

Foi no primeiro fim de semana de Novembro. contei com a visita da Tânia aka pô, Jorge Salvador aka Aia, Lixa man aka Pedro, ou rocha, o Rui e Nádia. Chegaram todos na 6ª feira com vontade de conhecer a cidade e os arredores. O fim-de-semana prometia ser preenchido de actividades ao ar livre, que incluíam rafting nocturno e o passeio bike and wine tours.

A bike and wine tours é, como o nome indica, um passeio de bicla pelas adegas de mendoza, o rally das tascas em versão BTT e em versão adega. Vimos várias, provámos vários vinhos, licores, chocolates e almoçámos num restaurante de cozinha de autor. Estava tudo a correr bem se lá para o fim do dia, ao chegarmos à última adega, não começasse a chover granizo. Ainda chegámos à última adega praticamente secos e pudemos provar os magníficos vinhos da adega boutique Carinae.

No regresso para Mendoza é que começou o filme…de terror. Como já não tínhamos tempo para devolver as bicicletas deixamo-las na última adega, como combinado. Tentámos apanhar um autocarro. Mas naquela zona as paragens não estão marcadas e provavelmente ficámos a espera no local errado. Entretanto tentámos chamar táxi, mas por causa da chuvada que estava prestes a cair, não havia táxi que nos pudesse ir buscar (o mendocino não está habituado a chuva e às mínimas gotas já está a chamar um táxi para não ir a pé…). Esperámos mais um pouco, podia ser que aparecesse algum autocarro. Em vez disso passa um táxi flet, carrinha de caixa aberta normalmente usada para pequenas mudanças. Tal já era o desespero que pedimos para nos levar, mas vinha com gente.

Resolvemos então regressar a adega para perguntar onde era a paragem já que nenhum autocarro tinha passado pela zona que nos tinham dito. A meio do caminho encontramos o táxi flet já sem passageiros e pedimos para nos levar a Mendoza. O taxista estava cheio de medo da tempestade que aí vinha e só nos podia levar ate maipu que fica a 15 km de Mendoza. Bom…melhor que nada. Íamos já instalados no táxi flet prontos para apanhar o lixa man e o salvador que iam mais a frente a pé, quando vemos um autocarro em sentido contrário. O taxista diz-nos que aquele vai para a cidade e sempre é melhor porque não nos molhamos tanto. Entramos no autocarro e afinal ia primeiro em sentido contrário e só depois regressava à cidade. Como o céu estava a ficar cor de chumbo resolvemos entrar na mesma, mais valia o autocarro em sentido contrário do que correr o risco que o céu nos caísse em cima…

E lá entramos todos, o problema foi quando descobrimos que não tínhamos dinheiro trocado para os bilhetes. Entre trocos e cartões de transporte semi usados, lá fomos conseguindo pagar os bilhetes. A quem entrava no autocarro pedíamos para nos trocar o dinheiro por moedas. Foi um autêntico filme. Entretanto começa a chover a potes mas pelo menos já íamos mais ou menos a caminho. Um caminho longo…acho que demoramos 2h a chegar a cidade…que não estaria a mais de 25 km

Mas chegamos sãos e salvos, à cidade que parecia estar a ficar submersa. E em Mendoza que nunca chove…isto é que foi sorte…

Por essa altura já tínhamos desistido do rafting nocturno e marcámos lugares para um café-teatro. Como as coisas não tinham corrido ainda suficientemente mal, quando chegámos ao teatro demos com o nariz da porta. Com as chuvadas o teatro estava a deixar entrar agua pelo tecto e cancelaram o espectáculo. Por esta altura já estamos todos encharcados. Ainda falámos com os actores que também estavam a porta a ver se a chuva passava quando uma ratazana se tenta proteger nos nossos pés…um nuooojo. Sob chuva intensa voltámos para casa e acabámos a noite a comer umas pizzas manhosas no rei das pizzas perto de casa.

Felizmente no domingo as coisas não correram mal. Fomos fazer rafting e foi muito divertido. Ainda foram umas poucas de horas a descer o rio Mendoza. O Salvador quis experimentar as técnicas de salvamento e caiu à agua. As técnicas funcionaram bem :).

Regressámos a casa cansados mas ainda tempo de nos despedirmos da Tânia que optou por não ir ao rafting por estar meio adoentada.

Não sei se as visitas gostaram de Mendoza, mas definitivamente foi um fim-de-semana diferente, até para mim que já não estava habituada a ver chover…

sábado, diciembre 2

Uns dias em Buenos Aires...

Depois do sul, foi tempo de regressar a Buenos Aires. O mano e a cunhada tinham avião no dia seguinte. Eu passaria esse dia em Buenos Aires e, no dia seguinte à noite, viajaria para Rosário, uma cidadezinha a 300 km. Digo viajaria porque a Tânia trocou-me, e muito bem, os planos. Como boa anfitriã, não só me deu guarida por mais uma série de dias como me planeou o roteiro para que eu mudasse rapidamente o destino de rosário para: Colónia de Sacramento, Tigre e La Plata.

Colónia de sacramento fica no Uruguai e a apenas 1h em catamaran rápido, de Buenos Aires. É uma cidadezinha que começou por ser portuguesa e foi fundada em 1680. Mais tarde esteve sobre o domínio espanhol e mais tarde ainda voltou a ser portuguesa. E assim andou durante alguns anos, saltando de império em império como uma "bola de futebol". Resultado, é uma cidade com características muito portuguesas e características muito espanholas, uma cidade ibérica.

A zona histórica da cidade é património mundial e está muito bem cuidada. Foi sem dúvida uma boa sugestão de passeio.

No dia seguinte fui até ao delta de tigre, na periferia de Buenos Aires. Visitei o porto de frutos, que de frutos já tem pouco, e dei um passeio de barco. Felizmente o calor abrasador abrandou porque senão tinha sufocado com o calor.

Desisti da ideia de ir a La plata e fiquei-me por Buenos Aires, pelo maravilhoso jardim japonês e pelo museu de arte latino americana de Buenos Aires. Gostei.

E para terminar em beleza estes dias em Buenos Aires, no sábado a Shakira esteve por lá e perguntou-nos se não queríamos ir concerto. Eu já estava a pensar regressar a Mendoza nesse dia, mas ela insistiu e ofereceu dois bilhetes à Tânia. Não podíamos fazer-lhe essa desfeita…lá fomos. Ok a história não foi bem assim mas vai dar ao mesmo... não conhecia metade das músicas mas gostei muito do espectáculo.

No domingo fui finalmente para Mendoza, mas não antes de almoçar na Recoleta e ir até San Telmo, cheio de gente ao domingo, como habitual. Foi mais um encontro de Cachai, Pô e Aia, desta vez na capital federal :)

E o destino seguinte foi: Mendoza e San Juan…

martes, noviembre 28

Rumo ao sul parte II

Depois destas férias pelo sul, regressar a Mendoza foi a estranha mas agradável sensação de regressar a casa, ao meu cantinho, à minha cidade. Para trás ficaram uns dias fantásticos pelo sul e uns diazinhos cosmopolitas em Buenos Aires, ai como eu gosto de Buenos Aires…

Mas voltando ao tema das férias. No post anterior falei de El Calafate. Depois da conhecer a Patagónia, ou pelo menos um bocadinho da Patagónia, voámos até à Tierra Del Fuego e à cidade mais austral do mundo - Ushuaia - . É uma cidade que encanta logo à chegada. Rodeada por montanhas, algumas das quais chilenas e banhada pelo canal de Beagle. Estava à espera duma paisagem inóspita, mas recebeu-nos uma cidade piscatória, com muitas colinas e florestas de arvores de folha perene. Foi uma surpresa. Pensava que a paisagem fosse semelhante à Patagónia mas como costumam dizer os argentinos, “nada que ver”. Em Ushuaia subimos até ao cerro Martial, na tentativa de ver o glaciar com o mesmo nome. Em vez disso encontrámos uma vista panorâmica da cidade. O trilho para o glaciar estava escondido pela neve caída uns dias antes e acabámos a subir a pista de ski.

Apanhámos um Catamaran que nos levou a ver a fauna autóctone: Pinguins de Magalhães, Pássaros (cujos nomes não me lembro :P) e lobos marinhos. Passámos também pelo farol do fim do mundo. Num outro dia aproveitámos para conhecer o parque nacional. Foi uma caminhada de 4 horas (bem mais light que as caminhadas em El Chalten…) seguida de um passeio de canoa. A ideia era chegarmos ao fim-do-mundo de canoa, ou pelo menos ao local onde acaba a estrada panamericana que tem início no Alasca, mas o vento trocou-nos as voltas e tivemos que fazer parte do caminho de camioneta. Mas foi um dia bem passado. No 3º dia resolvemos alugar um carro e conhecer mais da tierra del fuego do que apenas Ushuaia. Passámos pelo lago escondido e pelo lago fagnano e chegámos até ao cabo de san pablo. No caminho vimos algumas arvores bandeira mas não encontrámos a “original”, a que deu origem a muitos souvenires e fotografias. Afinal ficava para outro lado da ilha.

Mas ushuaia além de ter muito para mostrar, tem muito para provar, ou não fosse uma cidade piscatória e não estivesse eu há 9 meses praticamente em jejum de peixe e marisco. Provámos deliciosas santolas, paelha e arroz de marisco, cada restaurante era melhor que o outro mas o Volver ficou-nos no coração.

E não quisemos regressar a Buenos Aires sem conhecer o presídio do fim do mundo. Este presídio, criado no início do século passado e fechado na década de 70 foi construido neste local com o objectivo de povoar esta terra do fim do mundo e torná-la mais habitável. Parece que o objectivo foi cumprido. Ficam as fotos.

E o destino seguinte foi: Buenos Aires, Colónia de Sacramento e Tigre…a aventura continua...