Anita na Argentina

martes, mayo 30

Cataratas de Iguazu


Acabadinha de regressar de Iguazu posso dizer que adorei. Já tinha visto várias fotos mas ao vivo é bem melhor, bem maior, muito mais imponente, inexplicável. Para ajudar apanhámos uns dias fantásticos de sol, o que nos permitiu andar de manga curta quase todo o tempo (tão diferente de Mendoza). Conhecemos o lado Argentino e o lado Brasileiro. Gostei mais do lado Argentino, não sei se foi de o ter visto primeiro, o impacto foi maior. Fizemos excursão de Puerto Macuco, que nos levou de barco literalmente para debaixo das cataratas. Esta parte foi a menos agradável pois foi surpresa completa, nem tinha roupa suplente. Mas em 4 ou 5 horas conseguimos enxugar a roupa no corpo (atchim...).

Andámos de camião pela selva (ou caminhão como dizem os brasucas), de comboio ecológico, vimos tucanos e quatis, pequenos ladrõezinhos que em menos de nada roubavam tudo o que tivesse um ar comestível. Felizmente não vimos cobras nem jaguares, assim à solta. Era capaz de não ser uma experiência muito agradável. Descobrimos também que os argentinos, quando viajam em excursões, tornam-se insuportáveis, é tudo deles...

O lado brasileiro parece mais “turistificado” e, consequentemente, mais caro. Uma voltinha de helicóptero de apenas 35 minutos custava a simbólica quantia de 1400 reais, cof cof, coisa pouca :P. Por falar em lado brasileiro, foi triste concluir que os brasileiros entendem melhor o meu castelhano que o português. E até houve um brasileiro que nos agradeceu uma gorjeta com um Thank You...

Em relação às cidades, tanto a Foz como Puerto Iguazu são pequeninas. Puerto mais ainda, mas também com um ar muito pitoresco, com passeios em terra batida e palmeiras, que aliás estão por todo o lado.

Como o fim-de-semana foi prolongado, deu ainda para dar um saltinho à Ciudad del Leste. Outro mundo. De repente estava numa feira do relógio gigante que parecia estender-se a toda a cidade. Dezenas de moto táxis, milhentos vendedores, todos com o seu mate frio (Tereré), com um aspecto a refresco de relva e raízes. uma espécie de caldo verde que se bebe também pela bombilha. As condições de higiene deixavam muito a desejar. Tudo se vendia, desde meias a computadores. Mas não era barato. pelo menos para quem está habituado aos preços de Portugal (e note-se que em Portugal as coisas também não são baratas), e depois os câmbios eram muito manhosos. E tudo se trazia pela ponte da amizade. Os polícias da aduana, nem vê-los. Para lá fomos de autocarro, o controlo foi zero. No regresso, viemos a pé e nem demos conta que passámos na fronteira. Mas deve haver controlo, nos dias ímpares, ou 1 vez por mês, ou quem sabe apenas quando a polícia não recebe “comissão” (já estou a especular...). E a prever essas alturas em que há controlo, já está criada uma abertura na rede metálica da ponte que permite que quem passe com a mercadoria de contrabando a atire aos cúmplices que estão em baixo, junto ao rio e, assim, passe facilmente pela alfandega. Pensam em tudo;

Também fomos à barragem de Itaipu. Se a memória não me engana, essa central serve para fornecer 25% da energia eléctrica consumida no Brasil. Dá para perceber que é pequenina ;)...só tinha 12 turbinas e vão agora pôr mais 2.

No regresso, para terminar em beleza, ainda estive umas horinhas em buenos aires. A Mónica, agora portenha a dobrar ;) , fez um excelente papel de guia e mostrou-me o centro de BsAs, no tempo que tínhamos disponível. Eu que andava com pena por não poder ver a cow parade de Lisboa, pude ver algumas das vaquitas que ainda estão por Buenos Aires. Fim-de-semana fantástico (e já a fazer planos para o próximo feriado, o dia da bandeira).

3 Comentarios:

  • Isso deve ser de perder a respiração. As fotos são fabulosas!

    Por Blogger Tiago Carneiro, en 10:26 a. m.  

  • É mesmo de perder a respiracao Tiago. Um sitio a nao perder para quem quiser conhecer a Argentina.

    Virginia o dia da bandeira é ja a 20 de junho (mas passa a 19 pq aqui mudam alguns feriados)

    Bsitos

    Por Blogger Anita, en 10:58 a. m.  

  • Com tanta gente em Buenos Aires, é preciso ter mesmo azar na escolha do guia...

    Por Anonymous Anónimo, en 2:48 p. m.  

Publicar un comentario

<< Casa