Anita na Argentina

lunes, abril 17

Pascua 2006

Já que os amigos se podem considerar um prolongamento da família posso dizer que passei estes dias de Páscoa em família.

Muchas Gracias Patricia e Willy por me terem recebido tão bem. Espero poder corresponder com a mesma qualidade quando vierem até Mendoza. Bom... combis tão engraçadas não há cá por Mendoza. E em Portugal ainda somos mais ”cinzentos”, onde é que já se viu ter uma gravação no metropolitano a dizer o nome das paragens, quando se pode ter uma pessoa a gritar os destinos alto e a bom som à medida que o transporte colectivo percorre a cidade. E essa mesma pessoa ajuda os passageiros a subir ou a descer, manda o motorista parar nas paragens inexistentes, cobra os bilhetes, enfim, é 4 em 1.

Adorei conhecer a vossa cidade. Acho que posso dizer que gostei de tudo o que conheci:

Das pessoas, os traços índios bem marcados no rosto da população, do assedio constante dos vendedores ambulantes, dos milhentos taxistas ilegais ou provisórios, do microclima da vossa rua, da maravilhosa tiradita, do chupo de camarão, do sumo de chicha morada, da cola amarela, das varandas em madeira todas trabalhadas, do passeio de barco para ver o candelabro desenhado no areal.

Foi a primeira vez q vi lobos-marinhos e pinguins assim “au natural”.

Valeu bem a viagem de 8h, entre carro, combis e micros. E de pensar que entre tantos transportes nunca esperámos mais de 2 minutos para apanhar cada um... que organização!

(ruinas ; mercado de artesanato)

Adorei o artesanato (a mantinha de lã de alpaca já está ao uso, aqui em Mendoza estão 5 °C de madrugada, ou seja, à hora que me levanto), as ruínas ao pé da casa, os anti-cuchos, o camote e plátano fritos, os churros com chocolate, a possibilidade de poder ver e cheirar de novo o mar, as danças folclóricas que me fizeram regressar de directa para Mendoza. Ainda não estou recuperada mas hoje ponho o sono em dia.

(Ana comendo anti cuchos ; pratito de tiraditos mham mham)

Bom, do folclore acho que vou tentar esquecer a parte em que me fizeram dançar samba em frente a uma multidão, para representar uma dança típica portuguesa (sim há gente ignorante em todo o mundo, para a próxima peço ao apresentador que dance sevilhanas para ver se também acha uma comparação normal: P). Mas mais azar tiveram os norte americanos que dançaram ao som do YMCA dos village people…mas onde raio é que isto é música típica norte americana…eles nem eram de San Francisco…

O que certamente não vou esquecer são as diferenças sociais tão pronunciadas. É assustador pensar que há alguém que vive naquelas “cabanas” no meio do deserto. E penso só ter visto uma versão “light” do que realmente se passa.

Adorei o bar Juanito (não sei se era este o nome), que me fez regressar aos tempos da mercearia dos meus avós. (Taxi ; o belo do bar Juanito since 1937)

Gostei de provar pisco sour, apesar das consequências que me trouxe. Ahh...é verdade... também gostei muito da vossa casa apesar de a acharem muito branca. A alma da casa surge com o tempo não se preocupem. E adorei conhecer os vossos gémeos de 3 meses, a Pretita e o Lourito (ou será Loirito? Ou ainda, Loirita??).

Para Mendoza trouxe todas essas e mais recordações. Trouxe também fotos, muitas fotos. Espero contudo não ter trazido E coli em incubação, de todas as maneiras adorei provar tantas iguarias.

OBRIGADA E ATÉ BREVE...

(Willy, Yo Y Patricia)

2 Comentarios:

  • Mistério...mas respondo por email :)

    Por Blogger Anita, en 8:14 p. m.  

  • E vão duas loiras, eu também não percebi por onde La Porcona andou a passear-se?!
    Esclarecimentos por e-mail aguardam-se!

    Por Anonymous Anónimo, en 4:48 a. m.  

Publicar un comentario

<< Casa